Lyncoln Diniz
:: solo para uma multidão - solo for a multitud ::
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*solo para uma multidão – (07/2014)
*Sottopasso – (10/2012)
*Beco do Jasmim – (07/2011).
:: sobre ::
Uma proposta de movimento, uma dramaturgia relacional, uma coreografia dialogante.
A criação do “solo para uma multidão” dá-se pela insistência em trabalhar a dança a partir de um lugar de relação e complexidade entre o corpo e seu entorno. E ainda pela consideração de que os movimentos da cidade também são feitos pelos deslocamentos dos corpos pelas ruas, praças, largos, casas, etc, assim como pela compreensão de que o corpo é igualmente criado pelo ambiente em que habita.
Parte-se, então, da criação de um solo de dança que emerge da prática de habitar um espaço público, do interesse em trabalhar a dança dentro de um espaço comum de relações cotidianas e da curiosidade em gerar arte na partilha de questões vindas da rua e de práticas de construir comunidade. Neste sentido a proposta de criação, aqui, não se encerra na situação espetacular do corpo-que-dança e do corpo-espectador, não busca compreender as movimentações do lugar onde está a partir da passagem de um olhar estrageiro, que empreende e aplica estratégias de ação vindas de fora. Antes disto, abre-se pela análise sensível e envolvimento expandido com a geografia encontrada, interage com as histórias e memórias pela permanência no mesmo sítio por um tempo alongado, gerando proximidades na passagem das horas, dos dias, permeando encontros e conversas.
A intenção é desdobrar o tempo da dança em ações regulares que aos poucos tecem fios de relações, que se ampliam em diferentes formas de interação com o que vai acontecendo na construção do solo. O processo criativo acontece na rua desde o início, com a intenção de possibilitar que qualquer um, em qualquer tempo, esteja junto e participe na construção do gesto na dança. O andamento do processo coexiste com as movimentações cotidianas da rua, trazendo, assim, ao visível a matéria de criação. O ambiente trabalhado tem intensão de ter o gesto cotidiano a caminhar lado a lado com o gesto poético.
Pode-se dizer que há o desejo de um solo sustentado pela movimentação da multidão de onde emerge criando movimentações singulares em simultâneo com a movimentação coletiva.
Esta proposta já se realizou em contextos geográficos específicos dentro de festivais contemporâneos (confira os links no topo da página).
:: About ::
A movement proposal, a relational dramaturgy, a dialoguing choreography.
“Solo for a multitud” is born through an insisting desire of working with dance from a position of complexity and relation between the body and its surroundings. And also taking in consideration that the cities movements can be composed by the trajectories of the bodies in the streets, parks, squares, houses, inasmuch as the understanding that the body is equally created by the space it inhabits.
Therefore a dance solo emerges from the practice of inhabiting a public space, from the interest in exploring dance within the scope of common daily relations, and from the curiosity of creating art through the sharing of issues originated in the street and practices that explore the constructing communities. In this sense, here, the creative proposal expands from the closed spectacular circumstance of dancing-body and spectator-body, it doesn’t intent to understand the movements of the place where it stands from the point of view of a foreign eye, which operates and applies strategies of action that come from the outside. On the contrary, it expands through the sensible analysis and involvement with the encountered geography, interacts with the stories and the memories through the permanence in the same place for a long time, therefore generating proximities in the passing of the hours, the days, creating encounters and exchanges.
The intention here is to articulate dance in regular actions that gradually weave threads of relations that reach different forms of interaction with what succeeds during the solo’s construction. From the beginning the creative process takes place in the street, enabling anyone, at anytime, to gather and take part in this dance’s developing gestures. The process unwinds along with the ordinary street actions, emphasising the creating material. The evolving space aims to have the ordinary and the poetic gesture walking hand in hand.
There is a perceptible desire for a solo sustained by the crowd’s movement from which it arises creating singular moves in simultaneity with the collective ones.
This proposal has already been developed in specific geographical contexts in the scope of contemporary festivals (links at the top).